Dr. Simão Bacamarte apavora os moradores de Itaguaí

Por Alexia Moreira e Juliana Evangelista

A Casa Verde é um dos assuntos mais comentados nos últimos tempos, popularizada por seus grandes mistérios e especulações formadas em relação à sua história. Existem diversos boatos sobre a casa, cada vez mais conhecidos, afirmando que, ao passar em frente a construção, luzes e vozes podem ser vistas e ouvidas vindo de dentro dela

Com suas janelas tampadas e portas fechadas por grandes pedaços de madeira, a entrada de pessoas na casa fica completamente impossibilitada. Aspectos como esse, combinados com as paredes desgastadas e caindo aos pedaços, gravetos quebrados, folhas de árvores e sujeira existente ao redor da propriedade, promovem um ar sombrio e assustador a uma construção já sujeita a lendas populares. Muitos morados da região afirmam sentir calafrios ao passar em frente a casa, um cenário extremamente estimulante para aqueles com uma boa imaginação e alguns boatos na cabeça.

A Revista Insanos teve a oportunidade de conversar com uma das moradoras mais próximas do imóvel. Olga Rosário Aparecida, de 68 anos, é vizinha de porta da Casa Verde, tendo morado na mesma localização toda sua vida e acompanhado o desenvolvimento das especulações sobre a casa. Ela conta que não é raro ouvir barulho de objetos caindo e portas fechando, que acredita terem como fonte a misteriosa casa ao lado, dando como exemplo a noite em que acordou para ir ao banheiro e jurou ouvir um barulho de vidro sendo quebrado. Ao olhar pela janela do seu quarto, tendo como visão uma das únicas janelas da Casa Verde que não está coberta, diz que viu uma luz vindo lá de dentro, mas que logo se apagou, entretanto, não fez nada em relação a isso e voltou a dormir.

Perguntamos, então, à moradora, se ela estava ciente de todos os boatos que rodavam por aí e se acreditava em algum deles. "Sei muito bem sobre os boatos", conta. "A maioria é sobre o espírito de o antigo morador ainda viver na casa, mas eu não acredito muito nessas coisas. Sabe, mesmo tendo visto as luzes e ouvido barulhos, acredito que seja tudo fruto da minha imaginação, estimulada pelas história que escuto. A vida de uma pessoa já da minha idade pode acabar sendo bem parada, então uma casa assombrada parece sempre mais interessante do que as novelas e fofocas cotidianas de vizinhança."

De fato, os boatos que correm, em grande parte, têm a ver com a crença de que o espírito de um antigo morador ainda resida no local. Dr. Simão Bacamarte, ex-proprietário da Casa Verde, era um psicólogo que transformou a casa em um manicômio, tendo como objetivo completar seu estudo sobre a loucura humana, o que fazia através das pessoas internadas. Após um tempo, Simão passou a internar pessoas sãs com comportamentos diferentes do seu em seu manicômio, acreditando que todas as outras pessoas estavam loucas, menos ele.

Protestos por toda parte

Logo, um barbeiro da cidade, Porfírio, também conhecido por Canjica, organizou um protesto, que não foi levado à frente no primeiro momento, até que descobriram que Bacamarte pediu para não receber mais pelos internos, descartando a ideia de que suas ações eram movidas por interesses econômicos corruptos. Porém, a população se revolta de novo, comandados mais uma vez por Porfírio, e vão até a casa de Simão para protestar, o que logo foi controlado ao serem recebidos pelo Dr. Bacamarte de forma muito equilibrada e racional. Eventualmente, Simão voltou aos seus estudos, abandonando as pessoas, que mais uma vez se revoltaram.

Simão acaba, por fim, vencendo os revoltados e continuando com seus projetos. Outros protestos surgiram, mas nenhum deles surtiu efeito e cada vez mais pessoas eram internadas na Casa Verde. Eventualmente, Dr. Bacamarte percebeu que ninguém parecia ter a personalidade perfeita, além de ele mesmo, então concluiu que ele era o único anormal. Ele decide se internar, trancando-se na Casa Verde, onde passou o resto de sua vida. Simão acabou falecendo 17 meses após seu isolamento.

Esses acontecimentos ocorreram não muito tempo atrás, mas parecem ter sido completamente apagados da memória da população, talvez por ter sido uma série de eventos um tanto peculiar ou talvez por estarmos lidando com novas pessoas que não acompanharam os acontecimentos. Mas a pergunta que não quer calar: se Simão já morreu, de onde vêm as luzes e barulhos que muitos afirmam ouvir?

Tendo conhecimento da história completa, só podemos supor que sejam apenas boatos, criados pela imaginação de pessoas procurando trazer um pouco de suspense para a vida cotidiana da cidade, como uma forma de entretenimento. 


Estranha e macabra, Casa Verde transforma-se em atração de Itaguaí

Por Kauã Campos e Luiz Otávio Santos

Após um longo período de mistério, foi revelado o que tinha dentro da "Casa Verde", e o imóvel passa a ser ponto de diversão em Itaguaí. Por ser uma casa fora do "comum", com características bem diferenciadas (como ter de 50 a 100 janelas), muitas pessoas queriam saber o que tinha dentro dela.

Segundo um morador que não quis se identificar, aquela casa era "estranha, assustadora e macabra". Ele disse também que as pessoas que passavam em frente a ela criavam teorias sobre o que tinha do lado de dentro. Teorias que diziam ser um local de rituais e palco de um assassinato. Ainda acreditavam que espíritos moravam lá.

Guilherme Santos, um dos entrevistados, alegou que tinha visto uma garotinha, entre 10 e 13 anos de idade, entregando alimentos na residência. Guilherme completou dizendo que pensou no alimento como uma oferenda.

E então um grupo de garotos resolveu abrir um buraco na parte de traz da casa para ver o que havia em seu interior, e lá eles viram que o imóvel, por dentro, não era macabro e muito menos mal-assombrado.

Mais tarde, dentro da casa, após uma miniexploração, os meninos encontraram um senhor com roupas velhas. Do lado de fora, havia um jornalista que tinha criado várias teorias sobre a Casa Verde e queria arrombá-la.

Quando o prefeito da cidade soube dos garotos dentro do imóvel, ele proibiu o arrombamento. Logo após, o jornalista perdeu todos os seus argumentos. E, como forma de desculpa, o prefeito transformou a casa em uma atração.



Segredo envolvendo a Casa Verde de Itaguaí chega ao fim

Por Maysa Camacho e Sarah Delgado

O mistério que sempre assombrou a cidade de Itaguaí, a famosa Casa Verde, que foi cenário do clássico "O alienista", de Machado de Assis, chega ao fim.

A residência que assombrou a pequena cidade por anos passou a ser frequentada pela população após décadas sendo temida pelas pessoas. Alguns ainda possuem certo preconceito com o local, porém, não há mais discussão, já que a casa se tornou um ponto turístico da cidade.

Após receber personagem de Machado de Assis, a Casa Verde ficou fechada por décadas, até ser invadida pelo bisneto do próprio alienista. Jorge nos contara que sempre possuiu uma obsessão pelo bisavô, mas não imaginara que seria capaz de incorporá-lo. E que, se não fosse por sua filha e seus amigos, não teria saído de lá.

Lúcia, filha de Jorge, relatou que, para conseguir entrar na casa, precisava usar vestimentas de época e que só assim o pai não a acusaria de ser mais uma lunática que estaria internada na Casa Verde. A garota passou esse drama por um ano e meio, até que seus amigos intervieram, com a ajuda de um psiquiatra, Eduardo, que trata de Jorge até hoje.

"Foi complicado intervir nesse caso. Primeiro que não poderia intervir sem a autorização da família do paciente, já que o mesmo não possuía condição de solicitar o tratamento", conta Eduardo. Hoje, Jorge ainda se encontra em tratamento, no entanto não possuí crises de personalidade.

Após a resolução do caso, aconteceram muitas discussões na cidade para que a população resolvesse o que aconteceria com a casa e o resto do terreno. Ocorreram votações para que tudo fosse resolvido, e elas resultaram na divisão local para que novas atividades fossem abertas.

A juventude da cidade saiu ganhando. Com a votação, conseguiram uma parte da casa para abrir um clube. O espaço possui uma decoração jovem, com luzes coloridas, mesinhas com sofás para relaxar e um grande barzinho, com restrição de idade, é claro. A pista de dança, no centro do salão, concentra a maior parte da molecada, e, dependendo da noite, um palco é montado, tanto para noites de karaokê, quanto para shows de bandas locais.

A cidade também ganhou um ponto turístico. O novo Centro Cultural Machado de Assis. O espaço foi inaugurado para homenagear o escritor que popularizou Itaguaí com seu livro "O alienista". Ele possui uma biblioteca cheia de exemplares de seus livros e trabalhos e possui um "achado" da casa, o diário do doutor Simão Bacamarte, o alienista.

O que pensam os moradores?

Durante a inauguração do local, a equipe de reportagem da Revista Insanos entrevistou algumas pessoas da cidade. Elas contaram como foi a sensação de ver a tão assombrada Casa Verde se tornar um ponto de diversão e conhecimento. Entre elas, Vera Oliveira, uma senhora que mora algumas casas à frente da nova biblioteca, revelou como se sentiu em relação a tudo que acontecera por lá.

Revista Insanos - Dona Vera, qual era a relação da senhora com a Casa Verde antes das reformas no local?

Vera - Bom, quando eu era criança, cresci ouvindo minha mãe contar as histórias sobre fantasmas que viviam na casa e que aterrorizavam todos que chegassem perto do local. E não era só comigo, todas as outras mães do bairro contavam as mesmas histórias, então eu e as outras meninas da minha época mantínhamos distância.

- A senhora acha que o livro do escritor Machado de Assis, "O alienista", colaborou para que esse medo se espalhasse?

- Sim, acho que sim. O livro só fez com que a história durasse mais tempo que deveria, já que alimentava essa ideia de o lugar ser assombroso e misterioso.

- Após todo esse tempo acreditando nessas lendas, como foi para você ver a reforma no local? E o mais importante, a senhora gostou?

- Não vou mentir, foi estranho ver aquela casa tão velha virar ponto de encontro da molecada. Sobre o clube, não tinha gostado da ideia não, muito barulho, sabe? Mas depois me contaram que a música só ia ser escutada lá de dentro, então fiquei mais tranquila. Ainda não apoio totalmente, por causa da confusão na rua tarde da noite, mas o que eu posso fazer? Sobre a biblioteca, essa eu já gosto mais. O lugar é bonito, bem arrumado e tem livros lá que me agradam muito, além de atrair um monte de gente de fora para a cidade.


Depois de décadas de suposições, o enigma da Casa Verde é desvendado 

Por Amanda Vieira e Julia Clemente

Uma grande multidão tomou conta da frente da antiga Casa Verde, formando uma aglomeração de cerca de 300 pessoas. Todos estavam lá, desde os policiais até o prefeito.

Depois de uma investigação, foi concluído que havia um homem que habitava o local centenário há um longo tempo; seus alimentos eram levados por sua filha adolescente. E, quem iniciou todo esse burburinho, foi um itaguaiense apelidado de Arturzinho. "Um dia, eu e meus amigos estávamos procurando um lugar para ensaiar e aí, quando entramos na sala da casa, tinha um homem muito assustador sentado lá", diz o jovem.

Esse homem que Arturzinho citou e que morava no casarão era Jorge Almeida, pai de Lúcia Almeida. "Eu estava estudando a história do meu bisavô, um alienista'', explica Jorge, que vestia roupas de épocas, acrescentando que não pretende continuar morando no imóvel. "Não, de maneira alguma, quero voltar para casa com a minha mulher e a minha filha", finaliza.

O terror da vizinhança

Por causa da fama de assombrada, muitas pessoas da cidade tinham medo da famosa Casa Verde. "Sempre tive muito medo dessa casa, quando eu era pequeno, minha mãe até ameaçava me levar lá quando eu aprontava'', comenta Pedro Pinto ou, como é conhecido pelos amigos, Pedro bola.

De acordo com livros e relatos da época, a casa era temida por conta de um homem chamado Simão Bacamarte, um alienista que obrigava pessoas sãs a se internarem lá. Foi a professora Isaura Costa quem ajudou Artuzinho e seus amigos a desvendarem o enigma. Ela diz que os jovens procuraram-na para saber um pouco mais sobre a casa abandonada, e ela contou-lhes a história de Machado de Assis e de seu livro ("O alienista") sobre o local.

Logo após saber do problema de saúde do pai de Lúcia, Artuzinho procurou sua mãe, que o orientou a marcar uma consulta para o homem com o psiquiatra Eduardo Barbosa. Barbosa afirmou que Jorge receberá tratamentos psiquiátricos e terá um grande caminho pela frente em sua melhora. Além disso, precisará de muito apoio da família.


Boatos afirmam que a tão amedrontadora Casa Verde esconde segredo a ser descoberto

Por Davi Fernandes e Caio Belles

Moradores locais afirmam que a Casa Verde esconde um segredo o qual. Nesta semana, residentes da região contam terem ouvido sons e barulhos, reconhecendo a Casa Verde como um local assombrado.

O barbeiro Emmanuel Teixeira, residente da região, 51, disse em depoimento exclusivo que tem escutado sons e ruídos dentro da casa nestes últimos dias. "Estou ficando assustado, minha filha tem ficado muita assustada com isso. Já chamei a polícia, mas nada mudou, parece que os policiais também têm medo."

Toda essa história começou há muito tempo, com a tal casa sendo um hospício muito falado, criado no século XIX para abrigar pessoas que se encaixavam como "loucos". O lugar, comandado por Simão Bacamarte, alienista da época, foi palco do aprisionamento de diversas pessoas não só da região, mas de outros lugares. Depois de revoltas, acordos e uma coleta desenfreada de pessoas, o próprio alienista percebeu que Bacamarte é que era louco, então se trancou e passou 17 meses na casa, até que morreu.

Não se sabe exatamente o que Simão fez durante o tempo em que se trancou no imóvel. Há muitos boatos de que, de vez em quando, o homem saía de lá e ia até a Prefeitura para receber um pagamento que o próprio usava para se manter.

Em entrevista, Isaura, 42, professora da Escola Municipal de Itaguaí, destaca que "o passado histórico da Casa Verde é assustador, mas foi somente o lugar de um hospício, e que hoje em dia isso tudo é somente boato."


Revista Insanos descobre quem é Dr. Simão Bacamarte

Por Arthur Bessa e Caio Nassar

A equipe de reportagem da Revista Insanos descobriu que o Dr. Bacamarte, que era o único alienista de Itaguaí, depois de defender seu projeto, começou a construção da casa dos loucos, conhecida também como A Casa Verde. Depois que a construção foi finalizada, houve a inauguração, e pessoas de todas as vilas e povoações vizinhas participaram da cerimônia, e até mesmo os moradores da cidade do Rio de Janeiro assistiram ao evento.

Simão pretendia estudar a loucura de forma aprofundada e descobrir o remédio universal para curar todas as doenças mentais, porém não era possível saber quem era louco quem não era e, por causa desse imprevisto, o doutor internou pessoas que tinham boa saúde mental, acarretando em revoltas para a demolição da Casa Verde.

Os leitores querem saber

- Como a Casa Verde recebeu esse nome?

- A adoção desse nome foi devido às cores de suas janelas e de suas portas.

­- Como era a Casa Verde?

- A casa era muito grande, com cerca de 50 janelas para cada lado. Dr. Bacamarte internou muitas pessoas dentro dela.


O mistério foi revelado, mas e agora?

Por Julia Alcântara

Após a revelação do grande mistério da Casa Verde, as pessoas da pequena cidade de Itaguaí questionam sobre aquele misterioso homem na mansão.

Assim que o segredo foi descoberto, os moradores da cidade apresentavam suas opiniões, que variavam muito dependendo da pessoa, e nós, repórteres da Revista Insanos, tínhamos o dever de saber como a cidade estava reagindo ao fato.

No dia em que o mistério foi revelado, fizemos uma pesquisa rápida com algumas das pessoas que estavam em frente à casa verde. "Eu fiquei surpresa, pois nunca achei que alguém conseguiria morar por anos naquela casa", diz Ana Cláudia Damasceno, amiga de classe de Lúcia, a filha do ilustre morador do imóvel. "Fiquei decepcionado por não ter fantasmas lá dentro. Toda a noite eu morria de medo de um simples louco!", dispara Marcos Silva, morador da Rua Nova. "Apesar de saber que não passava de um homem fantasiado, ainda morro de medo de lá. Aquele lugar, por si só, já causa arrepio nas pessoas", comenta Gilberto, proprietário da padaria da Rua Nova.

Em muitos, a notícia gerou decepção pelo fato de ser um simples homem na casa. Já, em outros, medo de que o lugar realmente fosse assombrado, e a desconfiança de que Jorge (o ocupante do lugar) não fosse o único a residir lá. Ainda teve uma parcela da população que ficou espantada por Jorge conseguir ficar por tantos anos sozinho.

Após alguns dias, voltamos a fazer entrevista com os moradores. Houve uma mudança no pensamento das pessoas em relação àquele homem. Antes, tinham medo, mas agora tinham curiosidade. Ele passou a fazer na casa, toda sexta à noite, apresentações teatrais, as quais atraíam muitas pessoas. A Casa Verde sempre fica lotada, e Jorge, desde então, é o ator da cidade. Ficou muito conhecido pelas suas atuações. Está tendo uma ótima recuperação de sua doença, apesar de que, às vezes, ainda tenha surtos de loucura.

A população deixou de ter medo da casa, tirando algumas exceções que ainda juravam que viam fantasmas lá à noite.

Planos da Prefeitura para o local

A prefeitura promoveu algumas reuniões com os cidadãos de Itaguaí para saber o que aconteceria com a Casa Verde, já que, agora, não há mais motivos para ter medo do lugar. Alguns diziam para demolir e fazer outra construção, porque aquilo remetia ao passado da cidade. No entanto, após muita discussão, decidiu-se que a casa era o que mais atraía turistas e até mesmo as pessoas locais. Então ficou resolvido que ela continuaria de pé, porém, agora, com suas portas abertas.


Antigo espaço ocupado por alienista abriga clube e Centro Cultural Machado de Assis

Por João Miguel Alves e Victor Hugo Ciribelli

Depois que foi descoberto o morador da Casa Verde, ela foi aberta de novo para as pessoas, e, com isso, foi dividida em duas partes: uma era o clube de Arturzinho, feito para dançar e ouvir música, e a outra parte virou a sede do Centro Cultural Machado de Assis, que conta com biblioteca, sala de vídeo e um espaço para oficina de artes.

Mas a principal sala da Casa Verde que passou a atrair pessoas de fora é o Museu do Alienista, que possui documentos antigos e o lendário diário do doutor Simão Bacamarte do período em que ele ficou 17 meses trancado lá dentro. E a maior atração do local e que faz com que os ingressos se esgotem semanas antes de começar é o show do alienista, feito por Jorge, bisneto de Bacamarte. Ele usa as roupas herdadas de seu bisavô, e, após a sala ficar lotada, começa a narrar a história de Bacamarte. Quando o show termina, as luzes se acendem, e todo o público aplaude Jorge de pé; muitos saem dizendo que ele faria muito sucesso na televisão e no teatro. Com isso, a cidade de Itaguaí foi sendo cada vez mais visitada e Jorge cada vez mais conhecido por seu grande show às sextas-feiras.

Entrevista - Arturzinho, um dos garotos que descobriram o mistério da Casa Verde

Depois de tudo o que aconteceu naquele famoso dia em que descobriram que Jorge, pai de Lúcia, estava dentro da Casa Verde, todos queriam fazer uma entrevista com Artuzinho, porém ninguém estava conseguindo. Diante disso, eu fui atrás dele. Ele falou coisas bem interessantes, e agora é isso que você acompanhará, aqui, na Revista Insanos.

Revista Insanos - Olá, Arturzinho! Como você está?

Artuzinho - Eu estou muito bem!

- Você poderia falar como é que você e Jorge se encontraram pela primeira vez?

- Posso sim. Eu e meus amigos queríamos fazer um clube do livro, então decidimos ir para a Casa Verde tentar fazer um clube lá, porém, quando chegamos, estava tudo muito limpo e nós estranhamos muito, porque ninguém entrava ou morava naquela casa há anos e por isso tinha que estar suja. Daí então nós começamos a explorar a casa, e, quando vimos que tinha um cara muito estranho com roupas antigas, nós tomamos um susto e saímos correndo de lá, até porque achávamos que era um fantasma.

- E realmente era um fantasma, Arturzinho?

- Não. Era o pai da Lúcia e bisneto de Simão Bacamarte, o Jorge

- Você gostou da mudança ocorrida na Casa Verde? Ou você queria só um clube?

- Eu gostei bastante. No começo, eu não tinha pensado em uma biblioteca ou nas outras coisas que tem lá hoje, só tinha pensado no clube mesmo.

- Arturzinho, vou fazer a última pergunta para fechar a entrevista de hoje, ok?

- Ok, pode fazer

- Como e onde você conheceu Lúcia?

- A primeira vez que eu vi a Lúcia foi na Casa Verde, eu e meus amigos queríamos ver quem estava levando comida para Jorge. Nós até fizemos turnos, alguns dormiam, e outros ficavam acordados. Foi aí, então, que eu a vi pela primeira vez.


Juiz de Fora. 2020. Revista Insanos. Uma produção dos nonos anos do Colégio Metodista Granbery.
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